A Castelões fica no Brás e é parada obrigatória para os fãs de pizza e também para amantes da história de São Paulo: já são 95 anos de tradição – há quem afirme que é a pizzaria mais antiga da cidade ainda em funcionamento.

O salão faz os clientes viajarem no tempo, já que tem jeitão de cantina de antigamente. Fazem parte da decoração garrafas de vinho penduradas ao teto, móveis de madeira escura e toalhas de estampa xadrez sobre as mesas.

Nesse cenário nostálgico, os garçons, que também são uniformizados à moda antiga, costumam servir muitas pizzas, disponíveis apenas no jantar, quando o forno a lenha está aceso.

A cobertura mais famosa é a que leva o nome da casa, uma feliz combinação de mussarela e calabresa fatiada. Bem boa!

Mas as tradicionais marguerita, portuguesa e napolitana também fazem sucesso com o público.

Para o almoço, têm boa saída os pratos e massas do cardápio, caso do espaguete à matriciana, bem picante é temperado com pancetta, e do filé à parmigiana.

E para encerrar a refeição honrando a tradição dos imigrantes italianos: cannoli. É tradição do começo ao fim!

Pode-se dizer que a pizzaria Bráz é a união da tradição e do novo. Tradição porque, como toda boa pizzaria clássica paulistana, ela dá as boas-vindas a famílias e amigos que querem jantar no sábado ou no domingo, para a semana terminar mesmo em pizza, a ser repartida com a mesa toda. Novo, porque a Bráz sabe se reinventar: passou a usar fermentação longa e natural, que deixa a massa das pizzas muito mais macia, elástica e saborosa.

Entre os sabores da casa, estão a Castelões, com mozarela e calabresa exclusiva, e a Marguerita Fora de Série, com mozarela, tomate, manjericão, parmesão e um fiozinho de azeite de alho.

Outra pizza que faz sucesso é a batizada de Bráz, que combina fatias de abobrinha assadas na lenha, mozarela, lâminas de alho e queijo grana padano.

Queridinho entre os clientes, o pão de calabresa é ótima opção de entrada: é bem areado (resultado da fermentação natural), tem a calabresa da Bráz e chega quentinho. Ainda dá para levar um inteiro para casa, mediante encomenda com um dia de antecedência.

Vale lembrar que a Bráz tem irmãos, igualmente legais de conhecer: a Bráz Quintal e a Bráz Elettrica!

Inaugurada em 2015, a Carlos foi uma das responsáveis por espalhar a moda da pizza individual por São Paulo: a redonda deixou de se chamar apenas “brotinho” e passou a ser mesmo reconhecida como parte da típica culinária de Nápoles, na Itália. Na Carlos, as pizzas, com 22 centímetros de diâmetro, são feitas com massa de fermentação lenta e assadas no forno a lenha. A fórmula deu certo: o restaurante foi considerado a melhor pizzaria de 2019 na revista O Melhor de sãopaulo, da Folha de S. Paulo.

Quem comanda o fogo e o menu é o sócio da casa, o argentino Luciano Nardelli, o Lucho. Ele prepara sabores como a Carlos, que tem mozarela, ricota, raddichio, parmesão e linguiça curada. Já a Toscada chega à mesa com pancetta artesanal, mozarela, parmesão e cogumelo.

Se a ideia for pedir um sabor sem carne, tudo bem: tem a pizza Vegana, com abobrinha, cogumelo, cebola e ricota de castanhas, e a Zucchini, que combina abobrinha, mozarela, parmesão, mascarpone e manjericão.

O sucesso foi tanto que a Carlos ganhou um segundo endereço, nos Jardins.

A Primo Basílico é uma tradicional pizzaria paulistana (são quase três décadas de história) que não parou no tempo. Em uma esquina da Alameda Gabriel Monteiro da Silva, a casa tem entre seus trunfos o ambiente charmoso, com decoração rústica, muita madeira, paredes de tijolo aparente e ladrilhos coloridos. É uma boa opção para ir em pequenos grupos ou em casais.

Ali, a refeição pode começar com a cremosa burrata, que vem à mesa com crostino, finos pedaços de massa de pizza com parmesão, sal grosso e azeite. O mesmo pãozinho crocante acompanha o carpaccio servido com molho à base de mostarda, alcaparra e parmesão e salada de rúcula.

À vista dos clientes, dois fornos a lenha funcionam a todo vapor. Saem deles o maior chamariz do local: as pizzas bem assadas e com combinações caprichadas.

A Violetta, por exemplo, é coberta com molho de tomate, peito de peru, Catupiry, rodelas de cebola roxa na manteiga de búfala e salsinha. Outra receita autoral é a Brigitte, que reúne mussarela, queijo brie, aspargo fresco e mel.

Queridinha da clientela, a chamada Primo Basílico é feita com molho de tomate, mussarela, fatias de tomate-caqui e presunto de Parma.

Para brindar, dá para escolher entre vinhos, drinks e uma seleção de cervejas long neck e em garrafa de 600 mililitros.

Depois de tanta pizza boa, tem que guardar um espaço para as sobremesas! Entre elas algumas receitas tradicionais da Itália, caso do tiramisù e da panna cotta, que é servida com calda de morango.

A Primo Basílico é a pizzaria ideal para quem procura tradição, mas sem abrir mão da originalidade.

A Camelo abriu em 1957, nos Jardins, como uma casa de comida árabe. Foi apenas seis anos mais tarde, quando a família Nóbrega assumiu o comando, que a Camelo começou a servir pizzas de massa fininha, tiradas do forno a lenha. Foi sucesso quase instantâneo! Hoje, a Camelo tem cinco restaurantes em São Paulo e um no Rio de Janeiro, em Ipanema.

A Camelo é muito tradicional, mas o salão da matriz, nos Jardins, é bastante moderno: tem paredes e piso brancos, alguns tijolinhos claros e grandes janelas com plantas.

Antes de partir para a refeição principal, que tal uma entrada? O cardápio tem porções de casquinhas de pizza, que podem vir à mesa com ervas finas e parmesão ou com ervas finas e aliche, entre outros temperos.

No menu das pizzas, faz sucesso a JK, que tem mussarela, calabresa levemente picante, manjericão e azeitonas pretas.

A Palermo chega à mesa com presunto picado, champignon, azeitonas pretas e queijo parmesão ralado.

Quer uma pizza mais diferentona? A Moema leva peito de peru, erva doce refogada, mussarela, tomate cereja refogado, requeijão e azeitonas.

Mas nem só de pizzas vive a Camelo! A cozinha também prepara pratos para o jantar. Faz muito sucesso o frango Camelo, que é um frango à passarinho ao alho e óleo, e o file à parmegiana, com arroz branco e batata frita.

Para acompanhar, a pizzaria também prepara drinks, como o Sex on the Beach (vodca, licor de pêssego, suco de laranja e groselha) e o Coquetel da Casa, que leva vodca, suco de abacaxi, leite condensado e curaçao blue.

Na cidade há mais de 60 anos, a pizzaria Speranza emana tradição. A começar pelo nome: Speranza era a matriarca da família Tarallo, que chegou ao Brasil no fim dos anos 1950, trazendo na bagagem receitas de sua terra natal, Nápoles, na Itália. A pizza napolitana, até então raridade em São Paulo, ajudou a mudar a gastronomia da cidade.

A matriz da pizzaria está no Bixiga, que também leva a tradição dos imigrantes italianos. E, já que estamos falando tanto em tradição, vamos destacar um dos grandes clássicos da Speranza: a pizza margherita, que leva molho de tomate, mussarela e manjericão. E, como tradição é tradição, não pode dividir a margherita com nenhum outro sabor – ela é feita para ser apreciada por inteiro.

Outras opções super tradicionais são a Napoletana, que leva parmesão ralado, alho cru, orégano e manjericão, e a Alici, com filés de alici, alho cru e orégano.

Mas o cardápio também tem espaço para receitas mais inventivas. É o caso da Nostra Burrata, pizza que vem com queijo burrata, pomodorini italiano, nozes, lascas de parmesão e rúcula.

Bem típica da Itália, a Cinghiale tem calabresa de javali (que tem menos gordura do que a calabresa tradicional) e queijo fiori de latte.

O menu ainda tem massas artesanais, sopas, saladas e outro prato que faz enorme sucesso: o calzone, que é a pizza fechada e recheada. Entre os sabores, tem de mussarela, alho-poró, Catupiry e peito de peru, e de ricota, mussarela e calabresa.

Aberta em 2013, a pizzaria Leggera chegou para servir boa pizza napolitana, como mandam os bons costumes de Nápoles: pizzas individuais, com massa de fermentação natural e farinha italiana – os discos são abertos manualmente. Tudo isso resulta em uma pizza com massa fina e levinha.

A Leggera é tão boa no preparo das pizzas que recebeu o certificado da AVPN – Associazione Verace Pizza Napoletana, uma associação que atesta a autenticidade das pizzas napolitanas ao redor do mundo.

No menu, brilha a Puglia, que homenageia a região italiana de mesmo nome e leva tomate cereja, azeitonas pretas, queijo burrata, manjericão e tarallo Pugliese, um tipo de salgadinho italiano torrado.

Outra opção de sabor bem diferente é a pizza parmigiana de berinjela, que tem molho de tomate, mussarela fior di latte, manjericão e parmesão gratinado.

Entre os clássicos, reina suprema a margherita, com bastante molho de tomate. A romana também é boa opção: é parecida com a margherita, mas, além da mussarela e do manjericão, leva alici.

Para fechar a refeição, a dica mais um clássico da Itália: os cannoli, que vem recheados com creme de ricota. Uma delícia!

Em uma esquina de Higienópolis, chama a atenção um casarão antigo, todo de tijolinhos. Lá funciona a Veridiana, uma das melhores pizzarias da cidade: ela abriu em 2001 e, hoje, já tem mais dois endereços, nos Jardins e em Perdizes.

O casarão é de 1903 e foi restaurado. Por dentro, tem um salão amplo, todo decorado com plantas, que dão um toque bem moderno à pizzaria. E ainda dá para conferir o trabalho dos pizzaiolos, porque a cozinha é aberta e fica embaixo de um belo arco. Na verdade, a Veridiana é tão bonita que costuma ser escolhida como cenário para fotos de casamento!

Mas vamos falar da comida, e o cardápio também não faz feio, não! Há uma seção com pizzas de sabores exclusivos, criados pela Veridiana. A Burrata al Pesto já foi considerada uma das melhores pizzas de São Paulo pelo caderno Paladar, do Estadão. Ela leva mussarela de búfala cremosa, tomates em cubo e pesto genovês.

Outra boa opção é a Pancetta al Mascarpone, que tem pancetta artesanal, queijo mascarpone, pinoli e molho de tomate fresco.

Na ala das pizzas tradicionais, tem margherita, napolitana, romana e calabresa, entre outros sabores.

Para adoçar, o cardápio sugere tiramisù, petit gateau, cheesecake e o Afogatto: duas bolas de sorvete de creme com lascas de chocolate meio-amargo, servido com café quente na cafeteirinha italiana.

É na Mooca, meu, que está uma das melhores pizzarias da cidade! A Pizza da Mooca nasceu em 2011 e já veio com ares super modernos, para esse bairro que é bem tradicional. A pizzaria é a primeira do bairro a usar em suas receitas farinha italiana e massa integral, feita ali mesmo.

Atualmente, A Pizza da Mooca fica num sobrado de esquina. Por dentro, o salão tem decoração do tipo industrial, com lustres pretos pendendo do teto, mesas de madeira e paredes com detalhes em azul.

O chef Fellipe Zanuto, também da Hospedaria, é o responsável pela criação das pizzas, que são individuais e têm bordas altas, ao estilo napolitano. São dois tamanhos possíveis: um com quatro pedaços e outro com seis.

No menu, a mais clássica – e uma das mais pedidas – é a marguerita, com bastante molho de tomate, queijo e manjericão.

De sabor mais moderno e descolado, a Carbonara imita o famoso prato de massa italiana. Ela leva molho bechamel, pancetta, queijo grana padano e ovo mole.

Outra ótima opção é a Da Nonna, que vem com molho bechamel, frango confit, creme de queijo e pesto de manjericão. Uma delícia!

Para os vegetarianos, faz muito sucesso a Funghi e Caciocavallo, que tem na cobertura molho bechamel, queijo caciocavallo e cogumelos frescos.

O sucesso d’A Pizza da Mooca foi tanto que Fellipe Zanuto também abriu o Da Mooca Pizza Shop, na rua Fradique Coutinho, em Pinheiros.

Um lindo casarão na região da Pompeia abriga o Galpão da Pizza, essa pizzaria que ganhou o coração dos paulistanos por preparar pizzas tradicionais e também pizzas ao estilo napolitano.

O salão é super moderno, com bastante luz natural, detalhes em madeira no teto e nas paredes, muitas plantas e algumas paredes com tijolinhos à vista. Um charme!

No Galpão, as pizzas podem ser preparadas com métodos diferentes. Os pizzaiolos usam massa tradicional, sem glúten ou massa napolitana, que é mais elástica e feita com farinha italiana (os grãos da farinha são moídos na pedra!).

O cardápio separa as pizzas tradicionais e as napolitanas, que são individuais.

Na ala das tradicionais, brilha a Galpão, que tem molho de tomate, espinafre refogado, amêndoas torradas e mussarela. A Caprichosa, por sua vez, tem molho de tomate, mussarela, presunto Parma, alcachofra, alcaparras, champignon e shimeji.

Outra receita autoral da casa e que vale muito provar é a Brie Especial, que leva molho de tomate, queijo brie, abobrinha, parmesão e alecrim.

Entre as pizzas individuais, as napolitanas, há sabores como a Java com Abobrinha, com linguiça de javali, abobrinha e parmesão.

Também há sabores clássicos, como a marguerita, calabresa e pepperoni.