Você está trancado numa sala, aparentemente sem saída. Por ali, há várias pistas espalhadas, além de quebra-cabeças e de cadeados que precisam de senhas. Talvez uma passagem secreta se abra em algum momento. O que importa é que você tem que decifrar todos os enigmas em apenas 60 minutos para conseguir sair dali e vencer o jogo.
Vinda dos Estados Unidos, a febre dos escape games chegou a São Paulo e se firmou como um ótimo passeio para se fazer com a família ou os amigos.
A regra é simples: sair da sala em 60 minutos. Mas não é nada fácil. Cada sala tem uma história (pode ser uma epidemia zumbi, um espírito maligno que quer vingança, a investigação de um crime) e é decorada para que tudo seja ainda mais envolvente.
Há sempre um televisor que indica quantos minutos restam. Se a equipe de jogadores empacar, pode receber dicas úteis para conseguir avançar.
Confira a nossa lista com cinco ótimos escape games – e vá tentar resolver os enigmas em 60 minutos.

Escape 60
A casa foi a maior responsável pela febre dos escapes no Brasil. O sucesso foi tanto que, atualmente, o Escape 60 tem três unidades em São Paulo, além de endereços no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e até no México.
O Escape é campeão no quesito de decoração das salas: elas são super bem ambientadas e deixam os jogadores no clima assim que eles entram no recinto.
Cada unidade do Escape 60 tem salas com temáticas variadas. Em Moema, a sala batizada de “A Missão – E60” é diferente das outras porque não tem nenhum cadeado, objeto muito comum nos jogos. Ao invés deles, há sensores de movimento e painéis com botões.
Na história, o jogador faz parte de um esquadrão secreto que recebeu uma missão muito importante: invadir uma central de inteligência e acabar com os planos de terroristas, que pretendem detonar uma bomba atômica. Você tem 60 minutos, antes que tudo exploda. Ah, e uma dificuldade extra: os jogadores começam a rodada presos em celas separadas – lembre-se de conversar com os jogadores que estão nas outras jaulas para conseguirem, juntos, destrancar as grades.
Ainda em Moema, a sala “O Lobisomem de Varsóvia” convida os visitantes a explorarem um cemitério. Os jogadores são caçadores de criaturas sobrenaturais e precisam eliminar um lobisomem que está aterrorizando a população. Só que, dentro de 60 minutos, a Lua cheia atingirá seu auge, e a criatura será imbatível.

Escape Hotel
Em Pinheiros, o Escape Hotel inovou ao fazer com que o visitante se sinta dentro do jogo antes mesmo de a partida começar. É que o sobrado imita um hotel desde a porta de entrada: a recepção é uma recepção de hotel, os corredores têm quartos – e cada quarto é uma sala de jogo com tema diferente.
São oito salas para escolher, que recebem crianças e adultos, dependendo da dificuldade.
Assim como o Escape 60, o Escape Hotel manda muito bem nas decorações. Na sala “O Templo”, dá para se sentir dentro de ruínas maias em uma floresta. Os jogadores encarnam arqueólogos que procuram um tesouro perdido há mais de 200 anos.
A decoração é linda, mas ela também é feita para atrapalhar: as pedras, as folhas e os galhos escondem pistas importantes. Vale explorar os tijolos da parede, encontrar baús e tentar descobrir como artefatos estranhos funcionam.
Você é do tipo corajoso? Encara qualquer desafio? Então a sala ideal para você é, na verdade, um banheiro. A sala “A Loira do Banheiro” abriga o espírito de Verônica, uma jovem que foi morta no banheiro da escola há 30 anos. Ninguém tem coragem de chegar perto dali, mas você e sua equipe decidiram tentar libertar o espírito atormentado da moça.

Escape Time
Localizado no Brooklin, o Escape Time tem dois endereços vizinhos: para ir de um a outro, basta atravessar a avenida. Os dois imóveis possibilitaram que o jogo tivesse mais salas. São 10 opções, todas com histórias bem envolventes – e algumas baseadas em filmes e em games.
Apenas para maiores de 14 anos, a sala “Jogos Mortais” já coloca os participantes em uma situação bem aflitiva, logo de cara: o jogo começa com todo mundo acorrentado, com sacos na cabeça.
O objetivo, claro, é se livrar das correntes e depois explorar a sala para descobrir quem é o assassino responsável por esse jogo doentio.
Já a sala “Assassin’s Creed – Origins” faz com que você se sinta dentro do game. Seu objetivo é ajudar o assassino Bayek, que enfrenta uma difícil missão. A sala é, na verdade, um portal que transporta os jogadores pelo tempo, até que eles cheguem em Siwa, lar de Bayek. Mas esse portal se fecha em 60 minutos – se a equipe não concluir a missão em tempo, jamais voltará para casa.
Quem é fã da escritora Agatha Christie sabe que entrar no trem Expresso do Oriente pode ser má ideia. Mas, durante as suas férias em Londres, você e seus amigos decidem viajar até Istambul nesse trem. No meio da viagem, a equipe descobre que há uma bomba no veículo, programada para explodir assim que vocês chegarem no seu destino. Ah, e o maquinista sumiu. E agora? É necessário localizar e desarmar a bomba em uma hora.

Fugativa
O Fugativa foi o pioneiro entre os escape games em São Paulo. É uma casa pequena – são apenas três salas -, mas que também capricha nos enigmas e na decoração.
Os jogadores entram em um laboratório na sala “Meta-Vírus”. O objetivo é conseguir usar um antídoto para deter um vírus mortal, que foi lançado na atmosfera. A humanidade precisa ser salva em, claro, 60 minutos.
Já na sala “Excalibur” é a sua vida que está em risco! Você foi acusado de ter roubado a lendária espada Excalibur, do rei Arthur. Você tem uma hora para resolver enigmas e provar sua inocência – se não, é forca!
Pronto para encarar uma criminosa? Na sala “Copy Cat”, os jogadores entram no esconderijo de uma bandida que imita crimes que ficaram famosos – ela usa as ideias para se vingar de pessoas que a maltrataram no passado. O objetivo é correr contra o tempo para evitar uma tragédia maior.

Escape Now
O Escape Now tem unidades na Mooca, no Campo Belo e em São Caetano. A equipe da casa acrescentou ao jogo um recurso bem interessante: em algumas salas, há pessoas que interpretam os personagens da história.
É o caso da sala “Epidemia”, na Mooca. O doutor Z entrou em desespero depois que seu filho foi infectado por um vírus e virou um zumbi. A equipe de jogadores precisa invadir o laboratório e descobrir se o cientista está realizando testes ilegais em humanos.
O jogo começa numa antessala, um pequeno aposento no qual o grupo já precisa resolver um enigma para entrar no jogo de verdade.
Uma vez dentro do laboratório, a surpresa: lá está o próprio doutor Z – é ele quem vai soltar a primeira dica do jogo, caso o grupo consiga dar a ele algo em troca.
A partir daí, vale explorar tudo: fuçar os tubos de ensaio com líquidos suspeitos, tentar destrancar os armários e até abrir passagens secretas.
A unidade da Mooca ainda tem mais duas salas: “Hannibal Lecter” (na qual você é vizinho do famoso psicopata do filme “O Silêncio dos Inocentes”) e “Missão Impossível”, na qual o objetivo é resgatar um agente da CIA sequestrado pelos russos.