Nova York é a cidade que nunca dorme, dizem por aí. Mas a gente se atreve a discordar: quem nunca dorme mesmo é São Paulo! A cidade está cheia de opções para quem quer curtir a madrugada com estilo.
Pensando nisso, o Giraí selecionou dez restaurantes e bares que ficam abertos até altas horas. Você pode chegar no começo da noite e curtir por horas ou – por que não? – escolher esses lugares como o rolê final da noite, para fechar com chave de ouro.
Confira, abaixo, os melhores restaurantes e bares para fim de noite em São Paulo.
Fachada
Quem anda pela rua dos Pinheiros durante o dia pode nem notar a fachada discreta do… Fachada. É mesmo à noite que a calçada fica cheia de pessoas que aguardam ansiosamente seus bons drinks, que são entregues pela janela.
Depois da meia-noite, a porta é fechada, e o público vai para o salão interno. O ambiente, escurinho, tem um balcão comprido. Nos fundos da casa, há uma pista de dança que recebe DJs. Lá, a parede é decorada com grades de ferro e plantas.
Os drinks saem do bar com recadinhos pregados nos copos – o que dá um charme extra às bebidas. São frases bem-humoradas, como “a bebida só é um problema se o copo estiver vazio”.
Entre as receitas autorais, há releituras de clássicos. É o caso do Negronela, que é um negroni (gim e vermute tinto) com licor de cacau e canela em pau.
Já o G&T Fachada adiciona aos clássicos gim e tônica laranja, angostura orange e pimenta-rosa.
Outra boa pedida é o Bagordo, que leva gim, vodca, angostura, limão, espumante e gengibre.
Se você gosta de provar sabores mais exóticos, vá de Rabo que Treme, que leva cachaça de jambu (vale lembrar que o jambu amortece um pouco a boca), vermute tinto e suco de limão-siciliano.
Quando a fome bater, peça uma bruschetta. A chamada de Fachada tem gorgonzola, nozes e mel, enquanto a Zuchinni leva abobrinha e cream cheese.
Há também porções, como a de dadinho de tapioca, e sanduíches, caso do que vem com mix de cogumelos, queijo brie e rúcula.
Quitandinha
Aqui, a animação vai longe – até no domingo! O Quitandinha é um dos poucos bares na Vila Madalena que fica aberto até altas horas.
O bar fica em uma esquina agitada, entre as ruas Fidalga e Aspicuelta: é comum ver a galera em pé na rua mesmo, bebendo cervejas em garrafas ou chopp Brahma.
O salão interno tem decoração simples, mas o bar, ao fundo, chama a atenção: atrás das torneiras de chopp, está uma estante bem iluminada, repleta de garrafas de bebidas.
Para comer, há porções típicas de boteco, como batata frita, pastéis e linguiças, e alguns pratos mais elaborados para fomes maiores, caso do Brasileirinho, que tem arroz, feijão, filé-mignon, ovo frito e batata frita.
O Quitandinha fica aberto até tarde, mas ainda tem outra opção: no andar de cima do bar, há uma balada, chamada de Terraço Quitandinha. Por ali, o som privilegia o rap e o black – mais uma opção para curtir noite adentro!
SubAstor
Foi um dos primeiros da cidade a explorar a pegada de speakeasy, escondidinho no subsolo do bar Astor, em Pinheiros. Para chegar até ele, é preciso descer alguns degraus e atravessar uma cortina. Tudo para encontrar um ambiente aconchegante, com luz baixa, poucas mesas e um balcão que chama atenção por sua iluminação. Ali, a maior atração é a carta de drinques.
Assinada pelo italiano Fabio La Pietra, a seleção de coquetéis vem explorando cada vez mais ingredientes nativos do Brasil. O Bacuri é uma mistura do gim Genever Boompjes, xerez, polpa de bacuri e bitter de laranja e o batizado de Açaí leva bourbon Bulleit, tequila, açaí, abacaxi, acerola e fava tonka (conhecida como a baunilha brasileira).
Outra sugestão, o Tereré é preparado com rum claro, cachaça, licor Saint Germain, limão-siciliano, chimarrão e doce de cambuci. A equipe de bartenders também executa clássicos da coquetelaria – basta pedir.
Para comer, há porções como a de batata-doce frita servida com coalhada e a de croquetas de pupunha fresca, queijo da Serra da Canastra e limão-siciliano. O steak tartare picado na ponta da faca é servido com gema curada e acompanhado de mandiopan.
Em 2019, o SubAstor passou a assinar também o cardápio do Bar do Cofre, que ocupa um antigo cofre bancário instalado no subsolo do Farol Santander (o edifício Altino Arantes, popularmente conhecido como Banespão).
Rex
Bateu aquela fome na madruga? Então, o Rex é seu lugar! O restaurante tem culinária variada e funciona até as 4h, em média.
Cássio Machado, o chef e dono da casa, é quem geralmente recebe os clientes. O ambiente une o retrô ao moderno: tem belos lustres, muitos espelhos e quadros de pop art nas paredes e a trilha sonora vem das décadas de 1980 e 90.
A cozinha funciona a todo vapor até as 4h da madruga. De lá, saem refeições completas que fazem enorme sucesso, como o picadinho, que leva arroz, milho cozido, farofa, banana à milanesa e ovo pochê, e o entrecôte ao molho de pimentas com galette de batata.
Os hambúrgueres também são queridinhos da clientela! Vale provar o que vem com rúcula e mussarela de búfala, montado no pão com gergelim e acompanhado de batatas rústicas.
Para acompanhar, o bar prepara drinks de respeito, como o gin tônica, o aperol spritz e o cosmopolitan. Há também uma boa carta de vinhos.
Filial
É o irmão do Genésio, do Genial e do Mundial – e já tem quase 20 anos de vida. O Filial serve um chopp Brahma de respeito até as 3h da matina na Vila Madalena. Sim, o chopp é a maior estrela por ali. Mas, para agradar a todo mundo, o bar também passou a servir cervejas em garrafas de 600 ml.
Os garçons circulam com as bandejas cheias de copos de chopp pelo ambiente pequeno, mas aconchegante e com ares boêmios. As paredes são cheias de quadrinhos e de prateleiras apinhadas de garrafas, enquanto o piso é de azulejo preto e branco, bem clássico.
Além do chopp, fazem sucesso por ali os caldinhos – melhores nos dias mais frios, claro. O de feijão com pururuca é o mais clássico, mas também vale provar o caldo verde e o caldo de camarão com gorgonzola.
Se a noite não pedir um caldinho, o Filial também tem várias opções de porções clássicas de boteco. Vai muito bem o bolinho de arroz com queijo! Também fazem sucesso o frango à passarinho e os pastéis variados.
Famoso Bar do Justo
O Famoso Bar do Justo ganhou esse nome por causa de uma frase dita pelo dono, que virou clássica. Os clientes que iam ao bar, aberto em 1949, se acostumaram a ouvir seu Juraci perguntar “Está justo?” quando entregava o troco.
O Famoso Bar do Justo continua em Santana – de certo, um dos bares mais famosos da região. A cerveja em garrafa (Original, Serra Malte, Bohemia) e o chopp são companhias perfeitas para a cestinha de pernil coberto com requeijão, carro-chefe da cozinha e campeão absoluto de pedidos!
Se a mesa estiver cheia de gente e a ideia for partilhar, peça a Tábua Quente, que tem picanha, lombo, filá-mignon, pimentão, cebola e tomate.
Os lanches que saem da cozinha também são aqueles bem típicos de boteco. Tem Americano, Bauru, misto quente e sanduíche de mortadela, entre outros.
Quer comer algo mais encorpado? O cardápio tem opção para almoço ou jantar. O frango à passarinho vem acompanhado de arroz à grega e batatas fritas, enquanto o camarão à grega vem com arroz, fritas e queijo à milanesa.
As mesinhas na calçada costumam ser bem concorridas, mas também é gostoso se sentar dentro do bar, que tem decoração típica de boteco: quadrinhos nas paredes, com fotos de famosos que já passaram ali, mesas de madeira e televisões para ver jogos de futebol.
Bráz Elettrica
Prima mais nova e descolada de uma das melhores pizzarias da cidade, a Bráz Elettrica oferece pizzas individuais assadas num forno elétrico por 90 segundos. Não estranhe: a pizzaria não tem garçons. É o próprio cliente que faz o pedido no caixa e vai buscar no balcão. O ambiente despojado tem mesas coletivas, boas para um bate-papo com os amigos, para conhecer gente nova e comer sua pizza com a mão.
As criações são de Anthony Falco, especialista que aprendeu nas melhores pizzarias do Brooklyn, em Nova York, e de Paul Cho, pizzaiolo da Bráz Elettrica.
O resultado é um cardápio com sabores clássicos, mas com toques autorais. A Margherita, por exemplo, é feita com molho de tomate, mozarela de búfala, mozarela, grana padano e manjericão. Já a Portuguesa é incrementada com molho de tomate, mozarela, presunto cozido, cebolas caramelizadas, clara de ovo, azeitona verde e um fio de gema.
A Sr. Falco vem com linguiça, cebola roxa, alho, manjericão, picles de jalapeño e queijo grana padano. Já a Braz leva fatias de abobrinha, alho, mozarela e grana padano. Quer uma opção veggie? Vá de Frisco: spring cream (um tipo de sour cream temperado), mozarela de búfala, escarola, grana padano, lemon pepper e cogumelo.
Quebrando a tradição de que pizza só se come à noite, a Bráz Elettrica costuma ficar lotada também na hora do almoço. Se a ideia for matar uma pizza depois da balada, tudo bem: a pizzaria de Pinheiros fica aberta até as 4h na sexta e no sábado.
Além de Pinheiros – essa unidade vai até as 4h na sexta e no sábado -, a Bráz Elettrica possui endereços nos Jardins, na Vila Leopoldina, em Higienópolis e na rua Augusta.
Ó do Borogodó
Reduto do samba de raiz na cidade de São Paulo, o Ó do Borogodó funciona há 18 anos. É o bar certeiro para quem quer soltar o esqueleto a qualquer dia da semana, inclusive nas segundas-feiras.
Uma portinha discreta na estreita Rua Horácio Lane, pertinho da Rua Cardeal Arcoverde, abriga um bar muito descontraído, com ambiente simples e paredes de tijolinho aparente.
Ali dentro, há poucas mesinhas para sentar e a maioria das pessoas fica em pé. Mas isso não é um problema porque ali o bom mesmo é mexer o corpo e dançar ao som das apresentações musicais. As bandas tocam no canto do salão (sem palco mesmo), o que deixa tudo mais animado.
No repertório, são intercalados ritmos cheios de brasilidades, como samba, choro e forró.
Quem precisa recuperar o fôlego entre uma dança e outra costuma pedir cervejas em garrafas de 600 mililitros, caso da Original, uma das que mais saem por lá. A carta tem alguns drinks também, a exemplo da clássica caipirinha.
Se a fome bater, dá para pedir uma porção com seis pastéis sortidos, com recheio de carne e de queijo.
E é bom mesmo comer bem e se manter hidratado – o samba não pode parar!
Charles Edward
Há mais de 20 anos, o pub atrai a galera que curte pop rock ao vivo e um bom whisky – o Charles Edward é considerado o precursor do Clube do Whisky, que tem mais de 50 rótulos para sócios. As garrafas, por sinal, ficam em lindas estantes de 1906, espalhadas pelo bar.
O Charles Edward tem mesas e piso de madeira, balcão com tijolinhos aparentes e até uma porta que data de 1930 – tudo para que você se sinta em um autêntico pub.
Até altas horas, a música ao vivo agita o bar. As bandas tocam pop rock nacional e internacional.
Entre uma música e outra, experimente um drink! Do bar, saem coquetéis clássicos como dry martini, negroni, bloody mary, aperol spritz e gin tônica, além da boa e velha caipirinha. Para quem é mais do chopp, tem Brahma, Colorado e Stella Artois.
O menu de comes também não decepciona! Tem porções, sanduíches, pratos e sobremesas. Se a ideia for compartilhar com os amigos, peça o Chicken Charles, que são cubos de frango empanados, ou os croquetes de camarão com abóbora. Tem ainda queijo camembert empanado, acompanhado de geleia de framboesa – uma delícia!
Entre os sandubas, faz sucesso o Mineirinho, que vem na ciabatta com filé-mignon aperitivo, mussarela de búfala e maionese.
St. John's
Quem chega no St. John’s, no Tatuapé, já entende o recado: a fachada imita uma casa irlandesa e os salões são decorados com flâmulas e bandeirinhas. Sim, você chegou em um pub irlandês!
Durante a semana, o pub funciona até umas 2h e com espaço reduzido. Na sexta e no sábado, quando movimento é maior, o bar fica aberto até as 4h e o piso inferior é aberto e transformado em uma pista de dança.
De quinta a domingo, o St. John’s recebe bandas que tocam blues, jazz e pop rock internacional – para animar a noite de qualquer um!
E, como qualquer pub que se preze, o St. John’s tem televisões que transmitem jogos, um board oficial para jogo de dardos e mesas de sinuca no andar superior.
Para beber, o bar tem sua própria marca de cerveja, além de chopps como London Pride e Guinness e drinks, a exemplo do gin tônica, do negroni e caipirinhas.
Quando bater a fome, a dica é pedir o Blend Burger, hambúrguer com bacon, ovo poche, queijo tipo monterrey Jack e molho especial, acompanhado de batatas fritas.