Júlio Villani: Por um Fio

Júlio Villani não para. Neste ano, o artista plástico já fez duas exposições na França: realizou sua primeira individual na galeria RX de Paris e participa da exposição coletiva “… Et l’obscur” “(… E o obscuro)”, na Abadia de Thoronet, na Provence. Ele tem, simultaneamente, duas individuais em São Paulo, “Alinhavai”, na Galeria Raquel Arnaud, e “Por um Fio”, na Galeria Estação, que reúne esculturas que retratam animais.

As esculturas de Villani trazem um pouco da França, um pouco do Brasil. Suas formas lembram o surrealismo do francês Marcel Duchamp, mas as figuras certamente são brasileiras: são macacos, gansos e outros pássaros.

As obras parecem remeter às memórias de um menino do interior, que observa de sua própria perspectiva os objetos da casa, da cozinha, da fazenda. As esculturas são feitas em materiais como madeira, ferro e até panelas, e Villani usou, para montá-las, alicate, martelinho, arame e solda discreta. É o jeitinho brasileiro, das gambiarras, elevado ao status de arte.

A Galeria Estação, fundada em 2004, exibe mostras individuais e coletivas de artistas brasileiros que fazem obras não eruditas. Foi uma das galerias responsáveis por colocar esse tipo de arte no circuito artístico contemporâneo. A Estação já participou de eventos como a Bienal de Arte e de exposições em países como França e Espanha. No Brasil, os artistas da galeria já expuseram obras em grandes museus, como o Masp, o Museu Afro Brasil e o Itaú Cultural.

Horário de funcionamento: Segunda a sexta, das 11h às 19h. Sábado, das 11h às 15h. Até 27/7.


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