Marepe: Estranhamente Comum

O artista baiano Marepe tem sua primeira grande mostra individual em São Paulo, na Pinacoteca. As 30 obras contemporâneas de “Estranhamente Comum” formam instalações e são uma retrospectiva abrangente da trajetória do artista que iniciou em 1990.

O curador Pedro Nery organiza a exposição em três seções: mover, transformar e condensar. No conjunto, os espectadores percebem a relação dos objetos com a memória pessoal que Marepe tem da Bahia.

Marcos Reis Peixoto, Marepe, nasceu em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano. O lugar é a conexão entre o sertão e o mar, sendo um importante eixo econômico do estado. Foi assim que o artista pensou em suas obras: um contínuo vai-e-vem de pessoas e objetos, tanto na cidade quanto no ambiente familiar.

Em “Mover”, as instalações reunidas demonstram o ato de retirar um objeto de seu ciclo natural e inseri-lo no campo artístico. “Transformar” traz a ideia de compor novas narrativas a partir de ordem social, pessoal e geográfica. Já em “Condensar”, Marepe explora a imaginação na composição de ideias diferentes com recursos simples.

Com foco na produção brasileira do século 19 até os tempos atuais, a Pinacoteca de São Paulo é o museu mais antigo da cidade. Em mais de cem anos de história, seu acervo reúne mais de 10 mil obras com ênfase em pintura de artistas brasileiros.

Com três pavimentos e dois pátios internos, garantindo boa iluminação e ventilação, a Pina apresenta arquitetura inspirada em projetos de estilo italiano. Toda sua fachada de tijolos aparentes é uma das marcas registradas do museu.

Horário de funcionamento: Quarta a segunda, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h). Até 28/10.


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